INVENTÁRIO: PRIMEIRA SEMANA
3 gatos; um namorado (namorido, noivorado, namonoivo... todas as combinações BOMBÁSTICAS possíveis); pêlos e cabelos por todos os cantos; muita louça na pia; bilhetinhos no espelho e na mesa do pc; frutinhas picadas; aliança de compromisso; companhia espontânea para ir aqui, ali e lá; música de violão, beijos de bom dia e boa noite...
De repente, minha casa ganhou uma configuração que jamais imaginei.
Tenho andado com cuidado, dificuldades em permanecer sentada e trabalho triplicado!
Não tinha a menor idéia de como seria, só a consciência de que, num primeiro momento, eu deveria manter 'a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo'.
Foi uma decisão difícil, mas, ainda assim, na linha das 'impulsivas', porque 'sou meio assim e pronto!' - o que não quer dizer que eu não perceba em mim, a cada dia, uma nova mudança (física, inclusive!).
Eu gosto das coisas limpinhas, bem arrumadinhas, embora não ligue muito para enfeitinhos, bibelôs e afins... Mas, tb estou gostando destas presenças...
Neste momento, a crise de sinusite me inutiliza um pouco; eu tenho desejo por música (mecânica, mesmo!) e estou sentada na ponta da cadeira, embora ela esteja limpa. Ainda não tirei a camisola, que vai hoje mesmo pra máquina de lavar e meu quarto, que estava abarrotado de minhas coisas que tirei do guarda-roupa rosa, já está sendo invadido por pêlos.
O telefone toca... Vejo que preciso me mover, trabalhar (já não fui de manhã!). A pessoa optou por desligar antes do 'alô'. Sorte minha (ou não?).
Preciso tomar banho, mas me paraliso diante da possibilidade de não saber o que vestir. Não consigo visualizar meus vestidos, meus sapatos - Pausa para mostrar à um dos gatos que ele pode, sim, subir no meu colo - Só tenho usado o espelho do banheiro, que me mostra, justamente, o que eu não gostaria de ver: meu rosto inchado, com ar de cansaço de quem dormiu pouco nos últimos dias - pausa para carinho no mesmo gato, que resolve apoiar as patas dianteiras nas minhas pernas.
Os 'dois irmãozinhos' estão deitados no Sol, lambendo-se, e o outro, está escondidinho atrás do rack da tv. O gato-mor, à essas alturas, deve estar malhando seu narcisismo na academia, após de 'desaular' pela manhã. Talvez eu o veja por volta de meia-noite...
Agora, a gata borralheira vai dar um jeito na cara, inventar uma combinação de roupas bem maluca, e cair na lida. Mais tarde eu penso no 'o que será de mim!'
A vida real tá se esgoelando lá fora... E, desta vez, eu não posso perder o rumo!
O que sei??? Só que me disseram há algum tempo: *SOU TODA AMOR!
*Por alguém, por uma causa, por um objeto de desejo... Sim, sou TODA!!!
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