Eu, tão moderna, descolada, antenada, sambada, variada.
Sim, sempre fui em pequena! Porque aprendi assim: ciúme provocado!
E eu, caia, feito pata-gansa, todas as vezes.
Quando entendi tudo, passei pro time do outro extremo: pensa num coração de pedra!
Lembro, aos 16, que, vitima de uma crise 'daquelas', corri, sumi e mantive minha decisão diante de todas as pressões e insistências... Não, sem antes, fazer um pit stop na Urgência do hospital, num quadro de amigdalite que, pela cara, nem o tal médico tinha visto.
Prescrição?
10 Benzetacil: uma por dia. Pensa!
Num passado próximo, as crises se tornaram frequentes... As de ciúme. Daí, a ciumenta era eu.
A decisão: termina!
Doeu, chorei, quis voltar atrás... Precisei descer no fundo do poço do meu Ego, pra entender que tudo acontecia da maneira correta e que tudo ficaria bem.
E não é que ficou?
Hoje, quando alguém me pergunta: "- Vc é ciumenta?", não penso duas vezes em responder afirmativamente. SOU SIM, CIUMENTA! E, quando vale a pena até explico o porque e como lido com este sentimento.
Claro que nada é tão harmônico (ou cartesiano!) assim! Tenho minhas crises de inconformismo, mas descobri que o meu ciúme vem aliado à intuição, que vem aliada à algo que é preciso saber. A partir daí, o livre-arbítrio é liberado.
Não sei se com todo mundo é assim. Acho que não, mas gostaria que sim.
Hoje meu ciúme-intuição grita. Mais do que naquele dia; mais do que na terça.
Agora, só não sei se faço barulho ou me mantenho em silêncio.
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