Não costumo atribuir 'normalidade' às determinadas coisas, pois, não acho que certos acontecimentos, situações, sensações (etc...) são NORMAIS.
Até curto (embora, nestes últimos tempos, eu tenha pouco acesso) me olhar no espelho, mas deixo os adjetivos relacionados à estética virem de outras pessoas (#gratidao#)
Ser/estar no MUNDO não me é/foi muito tranquilo, até porque nunca me relacionei com ele de forma muito 'normal'. Sempre com muitos altos e baixos e poucos 'caminhos do meio'.
Em muitas situações e relações 'fui vivendo', me deixando levar pela ocasião, oportunidade ou carência (admito!). Feri e fui ferida 'várias', mas nunca imaginei que algumas doessem tanto...
Esqueço a porta de casa aberta, a água no fogo, os compromissos importantes, mas o que gostaria, não há o que me faça esquecer!
Auto-estima é a confiança e o respeito por si mesmo. O tal amor próprio! E ser 'do contra' consigo é o pior, principalmente quando envolve juízo de valor. "Quanto vale o show???"... É meio por aí!
Fica complicado quando não se trata de defender interesses e necessidades. Atribuir-se valor significa que o respeito, 'já era'! Não há a menor possibilidade de ser feliz!!!
Desistir... Não sou muito boa em tentativas de superação, principalmente quando sei o que tem adiante: frustração! Mal estar é o presente.
Me distraio com pensamentos de 'pelo menos' tentei, mas, no fundo, eu gostaria de esquecer tudo e correr pra mais um abraço... E, por mais que eu queira, não me sinto à vontade. É como uma roupa ou um sapato que não serve: lindo, mas aperta no pior dos lugares: o coração!
Confiança é correntinha de ouro: uma vez quebrada, não há conserto perfeito!
Pela metade já me bastam as atribuições da vida (a)normal! O que posso escolher, quero por INTEIRO!
'Cada um com seus problemas', ralo pra resolver os meus. Só que me permito viver umas histórias que normal seria dizer 'não'.
Qualquer pessoa em sã consciência diz não pra uma situação de traição. Mas, o 'normal' é dizer, 'Sim, eu perdôo'... Desculpa, mas é martírio, masoquismo, baixa auto estima, por mais que se compreenda a poligamia X ser humano.
Desculpa (2)... Mas, meu coração não fica indiferente ao amor!
"Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída...
Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes
No peito atingido...
Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você...
Eu sei
Quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei
O coração perdoa
Mas não esquece à toa
O que eu não esqueci...
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma
E no coração
Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo
Sem laços...
Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar
Um amigo...
Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz
De esquecer...
Eu sei
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não esqueci...
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma
E no coração...
Quando frágil, ataco... E pouco me importa pra onde vão os estilhaços. O importante é que corte!
*Fera Ferida, Roberto Carlos.
*Fera Ferida, Roberto Carlos.
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