Antes da quarentena estive de licença médica: um ano e três meses em casa. Tive a sorte de ganhar da Analu um microondas novíssimo e por alguns meses comi macarrão de pote. Nesse período, tb, abri muito pacote. Fruta, só banana. Depois a vizinha me deu uma panela de arroz (e depois tomou!), uma grelha e uma cafeteira usadaças, mas super úteis. Outono, deu pra comer uns legumes grelhados, uns pães quentinhos e tomar chá. Me virei por um bom tempo. O fogão e a geledeira chegaram no inverno.
A ideia era comprar um frigobar, já que minhas geladeiras sempre foram vazias, mas acabei comprando uma usada, com um congeladorzinho. Ah, se eu soubesse tinha investido numa daquelas incríveis! Fogão, bom... Depois da cilada continuei insistindo num fogão barato, jurando que ia usar o forno. Até tinha pensado naquelas panelas de tomada, mas, enfim, cumpri a promessa e cozinho quase todos os dias. Tô aprendendo ainda. Já sei fazer bolinho de arroz, bolinho de chuva recheado com banana, bolinha salgado, caponata de beringela... Meu legumes assados ficam deliciosos! Aprendi a fazer polenta (haja braço!), sagu, tapioca... Me sentindo a Mastechefa! Eu tenho duas panelinhas, uma forminha e um caneco que ganhei já bem usados e SEMANA PASSADA CHEGARA MINHA PANELAS DE TOMADA! Comprei uma panela de arroz novíssima e uma fritadeira. Usei a panela de arroz pra cozinhar batatas e a air fryer ainda nao me animei,mas fiquei empolgadaça com a possibilidade de receitas, até bolo.
Ontem, domingão, depois da insônia, 7h da manhã estava cozinhando. Atravessei a rua pra pegar umas folhinhas de manjericão, a intenção era fazer um sorvete de vinho. Tinha uma carne moída marinando na geladeira, um repolho implorando para ser usado e arroz pronto. A receita? Charuto de repolho DESCONSTRUÍDO! Nem ia rolar de fazer os rolinhos. Piquei o repolho dentro da carne temperada com pimenta síria, misturei o arroz e o sabor ficou igualzinho ao charuto que como no Habbib's.
O sorvete? A receita dizia de oito horas no congelador. 14 horas, já e tudo continua mais líquido do que os amores do Zygmunt Bauman.
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