É possível “teatralizar” os 50 anos de história da cidade de São Paulo? Mas, por que razão nós faríamos isso? Ou melhor, por que é tão importante (nesse momento) “Olhar para o Passado, de costas para o Futuro, olhando através dos Escombros”, como dizia Walter Benjamin (ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo). Ele considerava essa questão, O TEMPO.
Qual a história possível de se arrancar dessa empreitada? É possível (como no cinema), observar, de forma panorâmica o movimento da vida de seus principais personagens? Mas, quem são esses protagonistas mais relevantes nesse apanhado, ao acaso? Os prefeitos; vereadores; donos de jornais tradicionais; ou grandes industriais; presidentes dos clubes de futebol; escolas de samba; ou trabalhadores da indústria; comercio e das Artes. E, por falar em artes, seriam estes os personagens tão (ou mais importantes) desse contexto de uma transformação continua? Qual o movimento que caminha em sentido contrário aos rios, na cidade de São Paulo? O Rio Tietê, Tamanduateí, ou o rio Pinheiro que correm, no sentido inverso da maioria dos rios que vão à direção do mar. Aqui em “sampa”, quem caminha “em direção ao mar” é o movimento social; de forma desordenada e caótica.
Mas, afinal, qual o caminho, os trilhos, trilhas para onde se desenvolveram, literalmente (entre trancos e barrancos), como fazem os rios que procuram seu melhor percurso sempre em direção a um norte? Pra onde aponta a bússola do desenvolvimento social? Até a metade do século passado entre duas guerras (a militar e a social), o papel do Brasil era fornecer a matéria prima (ouro, açúcar, café, algodão) para o mundo desenvolvido, até a primeira grande crise que apontava para o ‘‘Porto de Santos’, porém, para que pudéssemos produzir foi necessário vencer alguns “obstáculos” como; construir estradas, derrubar matas; formar lavouras, importando seres humanos dos diferentes cantos do mundo, no sentido Oeste. E, após esse doloroso processo, caótico, lento e de gradual transformação na economia, industrializando os grandes centros (São Paulo, o maior deles) como tem se comportado o país? De novo, quais são esses personagens (ou foram) os artistas mais representativos da história (não necessariamente de São Paulo). Eles estão na academia, ou foram os mais importantes artistas que viabilizaram a formação e o desenvolvimento da Academia?
“No princípio”, nem tudo fazia parte desse caos. Uma “caravana” seguia na direção contrária, rumo aos rios, em direção a Leste. Para onde apontava a “câmera-metralhadora” de Luiz Sérgio Person (filho de lavrador, expulso de suas terras), no filme "São Paulo S.A."?
Alguns comentários abaixo: http://portalmacunaima.ning.com/forum/topics/conexao-madalena-itaquera?commentId=6320213%3AComment%3A29131&xg_source=msg_com_forum
*Ao abrir o e-mail da Cia dos Clownstrofóbicos, me deparei com este texto, recebido em 20/02... Surpresa boa e pertinente. Atrasado? Não sei... Talvez eu refaça a contramão!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário