Eu tinha só 12 anos, mas fui envolvida pelo turbilhão de energia que irradiava do Rio de Janeiro para o Brasil todo. Tinha estrela de todas as grandezas!
O Rock in Rio alavancou muita banda brasileira que, creio, não tinha noção do que era aquilo e muitos artistas que estavam afundados no poço do esquecimento.
Graças à Deus tive boa cultura musical e pude viver tudo aquilo com a logomarca estampada no peito pela tv p e b, de 14 polegadas, da cozinha da minha casa. Pudera, não se falava em outra coisa!!!
Entre 11 e 20 de janeiro de 1985, o espetáculo reuniu 1,38 milhão de pessoas na Cidade do Rock, construída em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, especialmente para abrigar o festival.
Tinha shows para todas as tribos - pra galera do Metal tinha Iron, Scorpions, Ozzy, Whitesnake, AC/DC; new wave B-52's, Nina Haagen (de quem eu nunca havia ouvido falar) ; Rock Progressivo: Queen, Yes; Jazz: Al Jarreau, George Benson; Pop: Rod Stewart (por mim, muito esperado), Kid Abelha, Paralamas, Barão, Blitz, Rita Lee; Folk: James Taylor; MPB: Ivan Lins, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Elba Ramalho... E o velho e bom Erasmo Carlos, que é um pouco de tudo isso!!!
O país entra da rota dos grandes shows e se abre para a World Music, definitivamente!
O efeito dos isqueiros piscando na escuridão foi tão grandioso quanto o laser no show do Jean Michael Jarre, no encerramento.
Finalmente, vai à publico o comportamento do jovem nos anos 80.
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