Gritomudo

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O dia em que fui pra Avenida Paulista...

...contar histórias.







A primeira pessoa que abordei deu um passo para trás. Não a percebi distraída e cheguei com toda a delicadeza que meu nervosismo permitiu... Minhas mão tremiam tanto quanto meus lábios!
Ao abrir o livro e começar a contar (ela deixou a escolha da história por minha conta e m concedeu dois minutos), percebi que meus olhos também tremiam...

Estabeleci, com ela, um combinado: ela podia me interromper a qualquer momento, não precisaria ouvir a história até o fim. Escolhi uma história erótica!
Eu, embora buscasse os olhos dela, não tive olhos para perceber se ela estava ou não envolvida. Eu interrompi, quando achei que o tempo dela estaria esgotado. Ela investiu mais alguns minutos para satisfazer a curiosidade de saber o porque eu estava fazendo aquilo. Eu não soube muito bem o que responder, porque eu, mesma, ainda estou 'me encontrando' nesse 'processo'.

Minha segunda investida foi com duas senhoras me pareceram 'da terceirizada' de uma empresa. Uma delas disse que estava com enxaqueca, sinusite (sei bem o que é!) e não estava afins, e a outra, de quem só esperei a confirmação da negativa, me surpreendeu com o 'sim'... E eu, pronta para agradecer, e até meio aliviada (olha o medo!), paralisei diante dela por alguns segundos. Ela escolheu uma histórias de fantasmas e eu, para quebrar (o meu!) gelo, fiz uma brincadeira com a sexta 13.
Em algum momento nossos olhares se cruzaram... Era uma criança diante de outra criança!
Me despedi, agradecida pela oportunidade.

A terceira pessoa, achei que tinha que ser alguém de gravata... com uma postura mais 'formal'. Foi, então que abordei o 'Carlão'. Nem precisei dizer todos títulos: futebol x erótico. Adivinha?
Li uma crônica do L.F. Veríssimo, em que ele conta de quando ganhou sua primeira bola.
A conversa que seguiu, após a história, foi bastante comovente, emocionante, inflamada... que contou, inclusive, com a participação de uma terceira pessoa que estava sentada ali próximo.

O tempo de duração proposto para a realização da 'intervenção' foi de uma a uma hora e meia. E se conseguisse contar apenas uma história, a missão já estaria cumprida. Iniciei os trabalhos por volta de 17h15.

Quanto as negativas, em pleno movimento intenso, as pessoas alegavam pressa, atraso, outras me respondiam com cara de 'mas que absurdo!'.
Não me chateei, pelo contrário, retribui com meu sorriso mais espontaneo, pela oportunidade de lidar com toda e qualquer resposta que eu pudesse receber. Porque não podemos negar muitas coisas: tem dias que trabalhamos por obrigação, que atividades são realizadas sem passar pelo crivo do sentimento. Lidar com o desejo de praia no horário comercial, com a vontade de dormir um pouco mais... Os 'nãos' tb foram bem vindos!

Missão cumprida!
Até a próxima!!!

#gratidão às minhas mais novas queridinhas: Kátia e Aline, minhas cúmplices nesta sexta 13, do mes de setembro.

*Com Cia dos Clownstrofóbicos e Historias Bem Contadas

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