Foi dito que o mundo acabaria. A coisa continua. Penso que foi o sexo que acabou. Liquidado pela repetição mecânica e fria, pelos condicionamentos, pelos fetichismos inócuos, pelo desamor, pela supressão do Sagrado. Haverá ainda semente capaz de ressuscitá-lo? É cada vez maior o número de jovens assexuados. “Ás” é como se chama a categoria. Não sentem atração por homens nem mulheres. Assim também estão muitos dos velhos praticantes. Estaria a libido voltada para o trabalho? Para a frustração? Para o narcisismo egóico? Será que o ser humano perdeu o interesse pelos outros da sua espécie? Eis mais um reflexo da sociedade onanista.
"Todo mundo tem um dia que..." é uma escolha. Escolhi me permitir a possibilidade do prazer do desconhecido, ciente dos riscos e consequências.
No momento, mora em mim um esboço de conclusão, pelo viés da memória: duas histórias de um passado distante, cada uma por seu motivo, inesquecíveis.
Agora recolho-me e me recosturo, não sem sentir a dor de cada agulhada e da linha fazendo a sua parte na reconstrução de cada pedaço.
"A supressão do Sagrado", eis meu ponto de resgate!
Clamo para que a dignidade não me abandone: e que seja esta uma passagem pela e com sabedoria. Resigno-me!!!
#gratidão
...E o mês de abril termina como sempre terminou. Bem vindo, maio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário