Gritomudo

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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Confessionário.

Ré confessa...

Dias antes da vergonha intima e alheia da votação do processo de impeachment da presidente do país, eu havia sonhado que cuspia na cara de uma mulher. Trocadas as personagens, identifiquei tal 'questã' nos acontecimentos recentes, ok. Mas, o que fazer agora? 
O texto fala de mágoas, mas as coisas boas tb refletem-se da mesma forma... E aquilo que virá tb poderá manifestar-se, pois, se para a mente o tempo não existe e algumas passagens já estão escritas, então...
...

Porque o sonho revive mágoas de um passado tão distante?

Porque para a mente o tempo não existe, é paralelo como dizem algumas teorias da Física. A emoção vivida no sonho é real e ao acordar essa angústia permanece conosco e talvez sem nome, porque nem todos lembram-se do conteúdo sonhado.

O sonho é um instrumento valioso, faz-nos entender o funcionamento de, por exemplo, reações atuais carregadas de uma emoção desproporcional ao fato (over-reaction). Reação exacerbada que a todos e a nós mesmos causa estranhamento. Isso é explicado por exemplo por um sonho onde emergem mágoas passadas e acontecimentos traumáticos, cheios de muita angústia e dor. A pessoa chora dormindo, acorda com olhos molhados.

Foi real para a mente.

Ao fazermos a análise do ângulo da Psicanálise levamos em conta 3 coisas que Freud descobriu: restos diurnos (experiência de vigília), nossa história passada (experiência subjetiva de cada um) e a tentativa de realizar desejos (aquilo que almejamos mas não concretizou-se, não só positivas).

Então, um fato presente, pode funcionar como estopim para trazer à tona sentimentos vividos no passado - uma isca de minhoca que pode pegar um peixe gigante.

Como no sonho onde a lembrança de um passado distante veio com a força de um tsunami derrubando todas as barreiras de segurança que havia pela frente. A pessoa “RE-VIVEU” toda a dor e angústia, mas o fato que o desencadeou foi algo no presente, tão minúsculo quanto uma minhoca.

Assim somos quando fazemos sintomas -“SINTO-MAL”- para os quais não há sentido, nem explicação, aos olhos dos outros, mas para quem sente ou explode por “pouca” coisa , o conteúdo subjacente pode ser um iceberg, que nem ele conhece. Só uma boa análise pode decifrar e após percorrido o processo o paciente caminha por si, pois vira automático; uma vez ciente, jamais o deixa de ser.

Aqui só postei a parte que me interessa, mas segue endereço para texto de Maristela Kosinski, na íntegra: http://www.revistapazes.com/sonho-e-psicanalise/

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