Gritomudo

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sábado, 30 de abril de 2016

“O amor é mais falado do que vivido e por isso vivemos um tempo de secreta angústia ”

Na íntegra:
http://www.portalraizes.com/estamos-todos-numa-solidao-e-numa-multidao-ao-mesmo-tempo-zygmunt-bauman/

Não há nada tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório.

O desejo habita a ansiedade e se perde no consumismo imediato. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma inabilidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais o que se está fazendo.

Perde-se a profundidade das relações; perde-se a conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas, distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida.

Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor e os amigos.

“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”. Zygmunt Bauman
 
Lenha na fogueira, lua na lagoa
Vento na poeira, vai rolando à toa
A cantiga espera quem lhe dê ouvidos
A viola entoa, solidão de amigos

A saudade lembra de lembranças tantas
Que, por si, navegam nessas águas mansas

Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos

A saudade lembra de lembranças tantas
Que, por si, navegam nessas águas mansas 


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