Gritomudo

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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Belchior...

Um dia, louca, saí de casa sem destino. Em dias assim eu sempre 'cometia' algo... Sabe, aquele desejo inenarrável de mudar?
Eu não podia mudar de casa, nem de emprego...

Pois bem, neste dia, saí sem destino, à pé: peguei a Kennedy, caí na Goiás e fui embora nela em linha reta. Só parei quando percebi o quanto eu tinha andado. 
Deparei-me com uma música, destas que as rádios jamais tocariam. Segui o som que vinha de uma loja cheia de posteres e CD's. Nunca tinha visto aquilo tão de perto. Falo dos anos 90, época dos discos remasterizados.

Parei na porta, não tinha ninguém lá dentro. Ainda assim, comecei a vasculhar, como as 'loucas da 25' diante de uma banca de promoção. Peguei um monte de coletâneas e um Belchior.

Lembro-me de ter voltado para casa, me perguntando: - Meo Dels, o quéqueu fiz?
Música era a minha viagem possível, mas, ainda algo a ser consumido como JOIA. 

Minhas noites não foram mais as mesmas. Naquele momento, redescobrir Belchior foi luz no meu caminho. Ele tinha a resposta pra cada um dos meus sentimentos, em músicas que havia muito ele cantava.
A outra caminhada longa foi para vê-lo de perto.



Hoje, confesso, o dia não está fácil, mas ouvi-lo, me faz crer que tudo ficará bem.
Belchior mais uma vez me tirando de casa. Vou pra Roosevelt ver o tributo! Não suportarei o amanhã se hj eu não fizer isto.



"Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando você entrou em mim como um sol no quintal.
Aí, um analista, amigo meu, disse que desse jeito não vou ser feliz direito, porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual.
Aí, um analista, amigo meu, disse que desse jeito não vou viver satisfeito, porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual.

Deixando a profundidade de lado, eu quero é ficar colado à pele dele noite e dia, fazendo tudo, de novo e dizendo 'sim' à paixão, morando na Filosofia.

Eu quero gozar no seu céu... Pode ser no seu inferno! Viver a divina comédia humana, onde nada é eterno.
Ora direis: "- Ouvir estrelas! Certo perdeste o senso...", e eu vos direi no entanto: - Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer 'não', eu canto."

Grata!
Vá em paz!
Sigamos...

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