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domingo, 9 de abril de 2017

O que é o amor?

(...) o amor não é um conceito unitário e muito menos uma definição fechada. É preciso se sentir livre para amar quem destrói os seus esquemas e faz de você o seu melhor eu. Entretanto, por diferentes motivos, muitas vezes não é isso que fazemos.

Muitas são as músicas que explicam o que é o amor ou que reflexo esse sentimento deixa em nós. 

“Porque o amor é um filho louco, que hoje voltou.”


Se você já esteve ou está apaixonado, sabe bem o que sente mesmo que não consiga expressá-lo em uma definição que semanticamente englobe todas as nuances. É justamente este o enigma e a magia do amor, que não é mensurável e nem é uma escolha.

Na maioria das vezes ele nos escolhe, antes mesmo de termos conhecimento. O problema aparece quando esse amor verdadeiro e puro nos escolhe, mas nos agarra olhando para outro lado, ou se o sentimos por alguém que não era o “nosso tipo”. E agora?

Somos conscientes de que o amor não é uma coisa meramente romântica quando afirmamos que um parceiro “tem química”, que outro “não cola nem com cola” ou que “amor acabou”. Estas afirmações mostram que sabemos que existe um aspecto biológico ou fisiológico, mas também escondem noções de como a nossa cultura ou influência social interferem no nosso jeito de amar.

Do ponto de vista puramente psicológico, o amor surge de uma necessidade afetiva e sexual. O plano social, a cultura e o momento histórico no qual vivemos têm um papel fundamental em como e por quem nos apaixonamos. Sim, de fato, se você tivesse nascido ou crescido em outro lugar, muito provavelmente o seu “estereótipo de parceiro” seria outro.

O jeito como a sociedade padroniza e define o que é o amor, quais são os diferentes papéis a desempenhar em um relacionamento amoroso por cada uma das partes, e qual é o melhor partido para “procriar e perpetuar o seu código genético” faz com que as ideias que você tem com relação ao amor mudem.

“Pescamos os peixes que são familiares para nós”, contudo, estamos desperdiçando muitos peixes valiosos por medo. Medo de quê? Do desconhecido, porque não contamos com uma experiência prévia de referência que nos sirva de roteiro para seguir na hora de conceber essa pessoa como parceiro, ou pelo julgamento público ao qual supomos que seríamos submetidos se soubéssemos que essa pessoa é aquela pela qual estamos apaixonados.

Historicamente catalogamos de forma categórica como deveríamos nos relacionar com o sexo oposto. Sim, digo o sexo oposto já que o grupo LGTB infelizmente ainda continua sendo omitido ou tratado como um tabu na hora de falar de amor.

Uma pessoa psicologicamente aberta, tolerante e que está decidida a uma vida com um parceiro “não estereotípico” tem muitas chances de encontrar o amor verdadeiro. Afinal, quando gostamos de nós mesmos sem tabus e gostamos do outro da forma como ele é, sem preconceitos nem reservas, aumenta a sua autoestima, sua esperança e o seu bem-estar.


Acontece com todos nós. Em nenhum meio de comunicação aparece como o “casal perfeito” a silhueta de duas mulheres lésbicas ou dois homens gays, um rapaz branco e uma moça negra, um varredor de rua e uma advogada, ou uma jovem escritora e um homem mais velho.

Amar é o maior gesto de coragem. 
Vivemos na cultura do mínimo esforço e das aparências. Somos grandes egoístas.

O amor implica uma grande entrega, mas sem perder a identidade. É aprender, descobrir… Costumamos dizer para alguém que acabou um relacionamento amoroso que existem muitos peixes no mar. Digo mais uma coisa para você: existem muitos oceanos com peixes. O amor não compreende idiomas, cores, ideologias, idades ou sexo; não seja você a afastá-lo por preconceito ou medo.

Portanto, se você ainda não encontrou o seu “príncipe encantado” ou você “tirou o sapo”, acha que “não há quem entenda as mulheres” ou que “somos muito complicadas” talvez você esteja adotando um ponto de vista errado. Abra a sua mente e viva: o amor pode encontrá-lo no lugar mais inesperado.

Você só conhecerá o verdadeiro significado do amor quando, sem preconceitos nem roteiros, deixar que ele se revele.

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