R.I.P. Cleyde Yáconis

Faleceu ontem (15/04), aos 89 anos, a atriz Cleyde Yáconis, expoente do teatro brasileiro.

Cleyde começou no teatro não como atriz, mas como funcionária do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), no qual sua irmã, Cacilda Becker, já havia conquistado reconhecimento. Cleyde queria se formar em medicina mas para entrar na universidade precisava se sustentar.

Em 1950 a atriz Nydia Licia enfrentou um problema de saúde e teve de ser substituída. Foi o início da carreira de Yáconis, e desde então a atriz tem se destacado.

Entre os espetáculos nos quais atuou estão “Assim É Se Lhe Parece”, de Pirandello, “Mary Stuart”, de Schiller, “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues, “O Santo e A Porca”, de Ariano Suassuna, “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes e “Um Homem É Um Homem”, de Brecht. Entre os muitos prêmios de sua carreira, ganhou um Molière por “Toda Nudez Será Castigada” e o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Teatro por “O Fardão”.

Recentemente, em 2003, ganhou o Grande Prêmio de Crítica da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) pelo espetáculo “Longa Jornada de Um Dia Noite Adentro” de Eugene O’Neil, em que interpretou Mary Tyrone. Suas últimas atuações nos palcos foram em “O Caminho para Meca”, de Athol Fugard, encenada em 2008 e “Elas Não Gostam de Apanhar”, encenada em 2012.

Apesar de ter atuado também na televisão, Cleyde costumava comparar o ato de fazer novela ao suicídio.

Seu corpo será velado hoje, à partir das 16 horas, em sua casa em Cajamar, Grande São Paulo, e será enterrado às 17h40, no Cemitério Municipal de Cajamar.

*Soube agora, assim, no susto... E eu pensei nela essa semana... Tipo, do nada, numa cena de novela... Talvez tenha sido no dia, mesmo...

Me faltam palavras!