Gritomudo

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Hoje foi dia de faxina.

E quanto menor o espaço, maior o trabalho, ainda que com o investimento em esfregões de vários tipos. 
Motivo: ok, que precisava, mesmo, mas a crise alérgica falou mais alto! Investi, tb, em escovinhas de bebê, bucha vegetal, 'mãozinha biônica', daquelas que alcançam o meio das costas.
Urticária, vermelhidão e brotoejas são nada perto da felicidade dos lambeijos que recebo, da fofura do pelo dela, agora, menos, mas da alegria que fico quando ela sobe na minha cama.

Teodora não gosta de música, não gosta de foto, colo, só quando ela quer (que quase sempre é na hora que não posso ou que não quero!). 
Antes ela brigava com os livros que lia antes de dormir, com o celular quando zapeava pra acelerar o sono, com o cobertor, com os outros. 
Até pouco tempo, ela ficava nos cantos da cama boa parte da noite.

Não me caibo de felicidade quando o veterinário (levo a cada dois meses!) diz que ela está muito bem, bem cuidada e, principalmente, quando ele elogia o brilho da pelagem dela. 

Não lembro se na véspera de Natal ou de Ano Novo, acendi uma velinha (oh, sim, eu já toquei fogo na casa com velinha, hahahahahaha...) e um incenso (pra fisicalizar as coisas boas que eu estava sentindo e tals), quando, de repente, Teodora pula na cadeira que estava afastada da mesa, apoiou - se nas duas patas traseiras e, com as dianteiras, apoiou - se em mim, pedindo colo, com o coraçãozinho disparado. 
Eu, sem o menor senso de sanidade, peguei - a no colo e expliquei - lhe tudo, como se falasse com meus (atuais) alunos de 4 anos.

Tem dois anos e 10 dias que ela está comigo e foram MUITAS as emoções, desde o mergulho na privada, passando por 3 gravidezes psicológicas, até a cirurgia pra retirada de endometriose e castração. Doeu mais em mim, pois  a Teodora, que chegou aqui Teodoro, nasceu pra ser mãe. Era como se ela não se conformasse. Ainda que o Dr. sugeriu que eu apresentasse o Sebastião (?) pra ela, mas eu não seguraria a onda da cria. Eu, toda livre, interferindo no direito da Teo de ser mãe...

E, por mais que eu me mantivesse sóbria e blazê, sempre escorregava no tatibitati, hoje assumido. Ela é meu bebezinho, minha filhinha e tem tudo o que eu posso dar, inclusive o meu tempo pra sair de madrugada, de muletas, procurando médico de emergência.

Tudo isso pra dizer que a faxina agora será no corpo: driblar a Medicina e curar essa alergia, em nome da causa própria. 
Que venham os banhos, as agulhas, as orações, as pomadas e tudo o mais!
Faxina na morada da alma.

Ps: sim, sou cética quando me interessa. 

Despedindo - se do amiguinhx da loja.




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