Gritomudo

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

"O passado é uma roupa que não nos serve mais"

...Agora há pouco, procurando uma camiseta qualquer, peguei uma que adoro e vesti (preta, claro!) passei o rolinho 'anti - pelos da Teo', terminei de me vestir e sentei aqui na frente do note. 
Senti - me incomodada, o tênis estava calçado pela metade, calcei. O cabelo tava preso... Soltei. Liguei o ventilador. Fui ao banheiro, prendi o cabelo de outro jeito. O shortinho... Troquei. A unha do indicador esquerdo tava lascada... Aproveitei para, também, tirar a base incolor. Urticária no braço direito... Admitir que a 'questã' estava com camiseta deixou - me incrédula. Trabalhei com meu 'psicológico': coisa da minha cabeça, 'se liga, maninha!'. Não adiantou o diálogo interior. Trocar de camiseta significou trocar tudo... E EU JÁ ESTAVA PRONTA!

Há algum tempo, um 'serumaninho' chegou aqui em casa ensopado. Deu certo trabalho encontrar no meu armário algo que não fosse tão feminino, entre as minhas roupas masculinas. Emprestei tudo pensando na necessidade do momento. Dia destes ele devolveu as roupas lavadas, mas, por força do hábito, coloquei - as para lavar novamente.

Já há alguns dias que elas estavam ali fáceis para vestir e... Agora há pouco, etc, etc...

Tirei a camiseta e imediatamente coloquei para doação.

...

Não foi a primeira vez que isso aconteceu.
Um dia, tb, sai às comprar com uma amiga, com direito a paradinha para almoço no japa. Ela derrubou, na camisa branquinha, molho shoyu e, pior, ela ia direto para o trabalho. Não tive dúvida: ofereci que ela escolhesse uma das 3 camisetas que eu havia comprado. 
Dp de devolvida, tentei por anos usar a camiseta. Vestia, terminava de me arrumar, às vezes, já na porta, em cima da hora, voltava e trocava por outra.

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Há algum tempo, não tão distante, cada vez que eu tinha um encontro, comprava um vestido novo. E, o vestido era lembrado como "ah, o vestido do Paulo, ou o do Anderson" (nomes 'fics').

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Tenho roupas desde que tinha 15 anos, que hora servem, hora não, mas, e normalmente uso muito tudo que compro. Teve um ano que, diante de um desolamento de amor, tirei incontáveis vestidos do armário... Nem lembro o que fiz com eles. 

"- Amiga, vc tem certeza? Esse é lindo!"
Sim, precisei de ajuda pra tanto. E, sinceramente, nenhum deles me fez ou faz falta.

Sou daquelas que finda um relacionamento, tira tudo o que não faz sentido e doa. E senti - me aliviada quando Roberta Miranda disse que a cada bofe novo troca o colchão.

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Dia destes, abri uma caixinha cheia de cartinhas e aproveitei o ensejo, pois alocar 7 anos dentro de dois cômodos é como colocar 5 elefantes num Fusca. Só havia separado. 
A música que dedico à entidade Facebook é Paranóia, do Raulzito (Raul Seixas visionário, só pode!). Incrível como ele me taca na cara, e não preciso nem escrever, procurar, dar indiretas... E, naquele mesmíssimo dia, ele me vem com essa de 'a música de cada signo', se não me engano, eram todas sertanejas, dessas novas. Quando chegou em Aquário, na cena, a menina pegava, do armário, as roupas do cara, tipo clichê, e jogava nele, enquanto gritava. Não preciso dizer que eu me contorcia de gargalhar. Juro que até procurei o tal vídeo, mas não achei. Ufa!!!

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Aí, enlouqueci diante de uma promoção da Farm, detalhe: com o valor de um vestido em promoção da Farm eu compro 3 na Liberdade. Comprei 4! Detalhe 2: NENHUM FICOU DO MEU AGRADO!
2 foram para a ala das doações e os outros dois, darei à eles uma segunda chance, depois de passarem pela máquina da costureira.

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Tem roupas que parecem não foram feitas pra gente, você já teve essa sensação?
Eu não consigo usar vermelho, de jeito nenhum. E rosa, só com critérios. Dei uma chance pro marrom, pro cinza e pro verde. 

Desisti de entender. Só espero, na próxima, quando eu tiver esses ímpetos de cometer Farm, que meu cartão bloqueie imediatamente. 
E, quanto aos empréstimos, se a urgência do outro for maior que minha necessidade de ajudar, tudo bem.


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