A origem da fogueira no dia 24 de junho, dedicado à São João Batista, é atribuída a um trato entre duas primas. Isabel, grávida de João, teria combinado com Maria (que viria a ser mãe de Jesus) que quando chegasse a hora do parto, acenderia uma fogueira no alto de um monte. Assim, poderia receber o auxílio da prima.
Outras teorias supõem uma origem pagã na tradição da fogueira. Conhecida na Idade Média, a fogueira do dia de "Midsummer" coincidia com o dia de São João Batista. Dessa forma, o sincretismo se propagou pelos países europeus. As festas e danças vieram, portanto, dos festejos pagãos e foram incorporados pela cristandade. Portugal trouxe o costume para o Brasil.
Filho de Isabel e Zacarias, um sacerdote, João Batista tinha a firmeza de caráter e é tido como o 'anunciador'. Os escravos que vinham para o Brasil o adotaram como sendo a representação de Xangô, orixá da Justiça e da Lei.
Xangô é protetor dos que sofrem injustiças, é Senhor Chefe das Falanges do Oriente. Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.
Tido como o orixá mais venerado e respeitado no Brasil, é a pedra fundamental da obra, é o poder da iniciativa, é padroeiro dos juízes, delegados e advogados do bem. Representa o rei justo que sabe administrar, mas que tem o poder da decisão e do equilíbrio da natureza. Assim, quando os céus mandam seus trovões e as hecatombes destroem os lugarejos, diz-se que Xangô está irado e vem julgar as ações humanas.
Orixá do fogo. É simbolizado pelo machado de dois gumes e representado por um rei ao sentado sobre a pedra da lei. Do seu lado dorme um leão, o guardião da justiça.
Salve, meu querido Baiano José da Silva, representante de Xangô!
Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João
Céu de estrela sem destino
De beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô
Da beleza e da razão
Viva São João
Viva o milho verde
Viva São João
Viva o brilho verde
Viva São João
Das matas de Oxóssi
Viva São João
Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô
Canto tanto canto lindo
Fogo, fogo de artifício
Quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo, Xangô
Ai, São João, Xangô Menino
Viva São João
Viva Refazenda
Viva São João
Viva Dominguinhos
Viva São João
Viva qualquer coisa
Viva São João
Gal canta Caymmi
Viva São João
Pássaro proibido
Viva São João
(Caetano Veloso - http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/423783/)
*Xangô de Ouro, um adolescente vestido de cores variadas, é São João Menino. Não “desce” mais, porque deixaram de ser encontradas as ervas necessárias, nos ritos de iniciação, para a “entrada na cabeça” desse orixá.
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