Gritomudo

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domingo, 19 de março de 2017

“Pegue seu coração partido e transforme-o em arte”.

Esta foi a frase com a qual Meryl Streep finalizou seu maravilhoso e incrível discurso quando recebeu, este ano, seu merecido Globo de Ouro. 
Essa frase, na realidade, foi um conselho que Carrie Fisher deu a Meryl Streep há muito tempo.

A arte, seja qual for sua forma e seu canal de expressão, é uma forma maravilhosa de libertar as emoções e de curar corações partidos. E não apenas isso. A arte, além disso, nos dá dignidade como pessoas, ao permitir que demos o melhor de nós mesmos para compartilhar com os outros.

A arte como catarse, a arte como expressão e beleza

A arte não é só entretenimento. A arte é cultura, é a magia da diversidade, da liberdade e é um meio onde se forma um legado de inspiração e aprendizagem comum.

A arte, além disso, é terapia. Todos nós temos em mente mais de um filme e um livro que chegou até nós no momento preciso, no instante no qual mais precisávamos. No entanto, muitos de nós não somos unicamente receptores passivos do mundo da arte, alguns de nós também fazem uso dela como meio de expressão, como catarse e como um instrumento magnífico para dar voz as nossas emoções, para expandir nossa liberdade e, por sua vez, chegar até outros.

A arte ativa é um exercício artístico praticado com as mãos ou o corpo e tem o poder de curar. Um exemplo, ao mesmo tempo ilustrativo e cativante, pode ser visto no filme “Colcha de Retalhos”, de 1995. Neste filme musical são expostas as vidas de várias mulheres, e uma delas tem um costume muito concreto. Cada vez que ela tinha uma decepção, que era traída por alguém ou quando a tristeza abraçava seu coração, ele quebrava um vaso, um copo ou um prato.

Mais tarde, recolhia com todo o cuidado cada pedacinho quebrado das peças e as grudava na parede. Ao longo dos anos, ela percebeu que criou uma obra digna de admiração. Naquela parede multicolorida, caótica e diversa, se escondiam, na realidade, os pedaços quebrados de seu coração transformados em arte.

Voltemos ao discurso de Meryl Streep. Com suas palavras, ela nos fez lembrar novamente de como o mundo da arte e a empatia se relacionam de um modo maravilhoso. De fato, se há uma dimensão que bombeia com força o coração de toda pessoa vinculada ao mundo artístico, seja a interpretação, a música, a poesia, a pintura ou a escrita, sem dúvidas é a empatia.

“A arte é a expressão da alma que deseja ser escutada.”

A arte nos torna humanos e, por sua vez, cria pessoas extraordinárias. Como a própria Meryl Streep.

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