Gritomudo

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terça-feira, 17 de maio de 2011

(Meus) sentimentos (de) (,) Gisberta...

Acordei naqueles meus dias de Tragédia Grega, quando tudo está perdido.
Os amores são doloridos, as paisagens são avermelhadas com o sangue que escorre e pinga dos corações estraçalhados.
Há pedaços espalhados! Pedaços de sonhos, desejos, vontades... Não existem mais ilusões, mais nada se move. A não ser as carruagens conduzidas por guerreiros mercenários, que flecham em troca da sobrevivência...

...

Depois da décima sétima flechada, resolvi, por minha conta e risco não acreditar mais em mim mesma. 
Cegamente, subi a rua e na escuridão procurava algo que só encontrei no último minuto. Aquela aliança, meu amor... (aquela que vc me deu!) joguei no primeiro e último bueiro.
Caminhei os últimos passos nas lâminas cortantes da sua espada e sem olhar para trás, segui em frente deixando os rastros de sangue. Dalí em diante, só pude ser seguida até parte do caminho...

...

Mantive meu olhar adiante, sem encostar a cabeça na janela. Troquei o branco por uma cor escura e vesti a máscara. A sombra que os olhos não enxergavam era azul.
60 minutos para, mais uma vez, me jogar no mundo, sem medo e sem coragem. 
"Dirija-se para a estrada / Em busca da aventura / Não importa o que aconteça em nosso caminho"... Na voz de um estranho, em mim foi entendido por alguma parte.
Na escuridão dos olhos fechados, perdi a roupa escura, mas não a máscara. 
Golpes lancinantes.
Implorei por calor, por água e vim do desmaio sem máscara.
Sem opção, mostrei-me em pequenas partes.
"Born To Be Wild", meu bem.

...


"(...) Eu não sei se um Anjo me chama / Eu não sei dos mil homens na cama / E o céu não pode esperar!!!"
(Pedro Abrunhosa)

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