Gritomudo

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Me buscando no vocabulário alheio.

Não sei nadar nesta água salgada que inunda minha casa, mas a terra, que não se mostra nada firme, está lá fora e eu preciso ir, porque tenho uma obrigação a ser cumprida... E isso tá longo!
Apelo para os 4 elementos, para os Elementais, para o Invisível, para o Deuses do Olimpo!

"...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar à alguém o que vivi e não sei à quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."

"Não sei se quero descansar, por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir."

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. (Que assim seja!!!)

" 'Eu te odeio' ", disse ela para um homem, cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas, não sabia, sequer, como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma"

"Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece."

"Mas quero ter a liberdade de dizer coisas sem nexo, como profunda forma de te atingir. Só o errado me atrai, e amo o pecado, a flor do pecado."

"Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade, mas estou presa dentro de mim."

"E ela não passava de uma mulher... Inconstante e borboleta."

"Agora preciso de tua mão, não para que eu não tenha medo, mas para que tu não tenhas medo. Sei que acreditar em tudo isso será, no começo, a tua grande solidão. Mas chegará o instante em que me darás a mão, não mais por solidão, mas como eu agora: por amor." (Que assim seja!)

Clarice Lispector
 
Vou ali, morrer, mas volto logo...

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