Gritomudo

Gritomudo
#gritomudo

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dicas alimentares para combater a enxaqueca

Popularmente conhecida como dor de cabeça, cefaleia é o termo médico utilizado para definir esse problema que pode afetar a maioria da população. Estudos mostram que 90% a 100% das pessoas têm ou terão crises de dor de cabeça ao longo da vida.



A cefaleia pode ser dividida em primária e secundária. Quando é o sintoma de alguma doença, é chamada secundária, como em casos de infecções, aneurismas, tumores cerebrais, entre outras situações. Quando a dor é por si só a manifestação principal da doença, é chamada cefaleia primária, como no caso da enxaqueca.

A enxaqueca é uma doença comum, incapacitante, caracterizada por crises de dor pulsátil e latejante em um lado ou em ambos os lados da cabeça. Uma crise pode durar de três horas a três dias, podendo ser precedida por alteração de humor, irritabilidade e depressão, alteração do apetite, alterações na visão com sensibilidade à luz, sensibilidade ao barulho, náuseas, vômitos, fraqueza, tontura e diarreia. A enxaqueca é uma das principais causas de incapacidade e perda produtiva no trabalho.

A interação entre enxaqueca e nutrição é um tema amplo e polêmico e existem muitos mitos e verdades sobre o assunto, que serão elucidados a seguir.

Fatores nutricionais desencadeantes da enxaqueca

Os alimentos mais citados pela literatura como desencadeantes da enxaqueca são: doces (açúcar), álcool, adoçantes, glutamato monossódico, nitritos, cafeína e alimentos que contêm tiramina. O jejum prolongado é considerado um comportamento alimentar que também pode desencadear o problema.

A suscetibilidade a determinado alimento depende de cada indivíduo, por isso é importante que o paciente preste atenção na alimentação e qual o alimento ocasiona uma crise de enxaqueca. Vários são os fatores alimentares desencadeantes de crises de enxaqueca, mas muito mais frequentes são os mitos relacionados a eles.

Os alimentos capazes de desencadear a enxaqueca possuem em sua composição substâncias capazes de provocar alterações no calibre dos vasos sanguíneos do encéfalo, primeiramente diminuindo-os e em seguida aumentado-os. São estas alterações do diâmetro das veias que provocam mudanças na visão e dores de cabeça, ou a enxaqueca clássica.

Doces, açúcar e álcool – Quando há um aumento do consumo desses alimentos, pode acontecer hipoglicemia. O organismo reconhece a carência de energia no cérebro para o funcionamento normal e utiliza outros mecanismos para manter os níveis de glicose cerebral. Um dos mecanismos é o aumento da produção de catecolaminas – gerando vasoconstrição (dos vasos sanguíneos) –, que tem como consequência o aumento da frequência cardíaca, da temperatura, irritabilidade e a produção de prostaglandinas, que causam vasodilatação e, por conseqüência, a enxaqueca.

Adoçantes – Segundo estudos da literatura, o consumo de 30 mg de aspartame por dia pode aumentar em até 9% o risco de enxaqueca em indivíduos predispostos.

Glutamato monossódico – Tempero muito utilizado nas cozinhas orientais, pode inibir a absorção de glicose por parte das células cerebrais, desencadeando o problema.

Nitritos – Utilizados para realçar a coloração e o aspecto dos alimentos, é utilizado em embutidos. Possuem ação vasodilatadora, ocasionando a cefaleia.

Cafeína – Está presente no café, chá mate, guaraná, cacau e chocolate. Tem ação vasodilatadora nos vasos sanguíneos do corpo e ação vasoconstritora dos vasos sanguíneos do cérebro.

Tiramina – Está presente em queijos amarelos, chocolates, vinagre, bebidas alcoólicas, iogurtes, lentilha, amendoim e sementes, que devem ser evitados por quem tem predisposição à enxaqueca.

Dicas alimentares para evitar episódios de enxaqueca

1) Adequar o consumo de carboidratos, especialmente os carboidratos complexos (cereais, massas, pães, farináceos, entre outros), já que o cérebro utiliza os nutrientes provenientes destes alimentos como fonte de energia em todas as suas funções.

2) É importante acrescentar frutas na dieta, pela maior quantidade de vitaminas, minerais e fibras que possuem, sendo esses nutrientes que atuam no bom funcionamento do organismo.

3) O selênio, um mineral envolvido no funcionamento do sistema nervoso central, também pode ser eficiente no controle do problema. O consumo de apenas uma unidade de castanha-do-pará é suficiente para se alcançar às quantidades recomendadas diariamente.

4) O fracionamento da dieta deve acontecer com a ingestão de seis pequenas refeições ao dia, evitando os jejuns prolongados, que são considerados causadores de crises de enxaqueca.

5) Todas as bebidas alcoólicas podem causar enxaqueca, porém os vinhos tintos são mais prováveis de provocar a dor devido ao seu conteúdo de taninos. Evitar o consumo de várias doses, pois pode aumentar a possibilidade de uma crise de enxaqueca.

6) Estudos sugerem que baixos níveis de magnésio facilitariam o desenvolvimento da vasoconstrição, que acarretaria a enxaqueca. Portanto é importante ingerir alimentos fontes desse mineral, como as folhas verdes escuras, soja, leguminosas, castanhas, cereais como aveia, arroz integral, pães integrais, carnes, peixes (salmão) e ovos.

7) Assim como o magnésio, a vitamina B2 seria eficaz na prevenção e tratamento da enxaqueca. O mecanismo pelo qual estes nutrientes agem na enxaqueca é incerto, mas é possível que ocorra estabilização de membrana celular e melhora da função mitocondrial. As principais fontes de vitamina B2 são leite, queijos (especialmente ricota e requeijão), iogurtes, carnes magras, ovos e vegetais verdes.

Categoria: Alimentação - Postado por: Portal Angels
http://www.portalangels.com/alimentacao/dicas-alimentares-para-combater-a-enxaqueca.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário