Gritomudo

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tristesse (II ou III, talvez)




 
Já matamos o Amor muitas vezes. Feriados, dias úteis, noites quentes, madrugadas frias. Terminamos o Amor com palavras, com elas fizemos Amor. Gritamos o Amor por surdez. Sufocamos o Amor por ignorância e por arrogância falamos em nome do Amor. Odiamos o Amor mil luas e juramos um milhão de vezes que nunca foi Amor. Escrevemos o Amor em livros e acusamos o que foi escrito de ser ficção. Tal Amor precisava de cortes. Xingamos o Amor de carência, de vício, de loucura, de doença, de engano, de dependência, de manipulação. Fomos morrendo de Amor. Mesmo nós, os que não têm sentimentos, escrúpulos e coração, amamos. O Amor está além de nós.
(do Leo Lama)



"Lembra (lembra, lembra...) cada instante que passou
De cada perigo, da audácia, do temor
Que sobrevivemos, que cobrimos de emoção?
Como você pode pedir..."

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