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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Fim do curso, 1992

M. A - E.E.P.S.G. Cel. Bonifácio de Carvalho
 
Por duas vezes, tive a 'chance' de mudar de ideia, mas persisti na decisão de cursar o Magistério, aos 16.
A diretora, figura assustadora, na frente da minha mãe, disse: "-  Vc vai se arrepender amargamente!" 
Se hoje eu tivesse a oportunidade encontrar-me com essa pessoa, o que eu diria... Nada! Mas, penso na possibilidade de sentir pena deste 'serumano' que, talvez, só tenha tido esta opção na vida. 
 

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*As normalistas eram as mulheres que se cursavam o Curso Normal também conhecido como Magistério de 1º grau ou Pedagógico sendo um tipo de habilitação para o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental. Por opção, o professor poderia complementar por mais um ano, o chamado quarto normal, em uma área específica, o que habilitaria a atuar ate a 7ª série (atual 8º ano).

Normalistas eram as moças bem educadas, sofisticadas e delicadas que em contato com as classes estudantis, nem sempre tinham as alternativas e as propostas condizentes com as demandas das comunidades. Elas cursavam a escola normal, aquela que as formava para serem professoras nas escolas normais de todo o país voltada ao ensino infantil.

As normalistas descendentes de família da classe média ingressavam na profissão professor, pois viam o salário como um complemento para a renda mensal da família ou em alguns casos para garantir um casamento bem sucedido com alguém, pois a profissão de professora, naquela época, era a única aceita para mulheres.
 
(...)

Aquela visão de meninas (normalistas) saiam das escolas vestidas de azul e branco e com sorriso encantador virou tema de um romance clássico da literatura brasileira A Normalista, de Adolfo Caminha.

 
M. A - E.E.P.S.G. Cel. Bonifácio de Carvalho
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*Texto:
 
Primeira foto:
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/normalistas-em-pauta

Segunda foto:
http://www.colegiodombarreto.com.br/historico2.asp

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