Gritomudo

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estou remexendo...

... Nas coisas que ainda estão em SCSul, encontrei um trabalho que fiz, às pressas, para a matéria de Interpretação, na faculdade, segundo ano: Pequeno Livro de Bolso da Atriz - detalhe: o documento foi impresso em A4!!!
Tive a coragem de dar uma folheada... Algumas coisas interessantes:

"Aos 16 escrevi meu primeiro diário, aos 32 joguei todos no lixo, para aos 33 começar tudo de novo.

Escrever, para mim, é um exercício de liberdade total (...) Desta forma evito até fazer vitimas (...) - O CERTO SERIA TER ESCRITO 'LIBERTAÇÃO'.

"Na verdade, acho que não agradeci a um monte de gente importante (...)"

A improvisação enquanto matriz do fazer teatral.

Ter descoberto que as coisas são mais simples foi me dando uma tranquilidade (...) Para dar espaço para outras angustias!

Sobre o Lian Gong: acho os movimentos lindos e seria uma ótima prática para acalmar meu sangue paraíbano, mas não dá (...) Independe da minha vontade racional.

O "eu julgador" e o "eu que critica". Doação, generosidade.

Sinto que tem tanto amor dentro de mim que até transborda. Eu não escolho ninguém, mas sinto que desescolho algumas pessoas.

Agradeço por não ter cometido alguns atos... Tanto em cena quanto na vida. - AMÉM

Se tenho medo, corro, claro (...) Só encaro o temor depois de tentar fugir primeiro.

Eu nunca experimentei a sensação de facilidade.

Meu tecido, de tão lavado ficou um pouco gasto. Por isso não fica difícil ver atráves dele. A cada lavada a fibra se torna cada vez mais fina.

Minha meta última é chegar ao fim da vida com este caráter e com esse coração que tenho (meta que não será cumprida se eu precisar de um transplante.). Quero estar mais serena, ter duas coelhas (e que elas se deixem carregar no colo), um ramster e um Chow-chow, morar numa casa com cara de antiga, com muitas plantas e quintal enorme. Fazer peças de teatro para as crianças da redondeza e para os filhos da minha sobrinha. A casa terá um teatro nos fundos! Depois de cada sessão vamos comer bolinhos de chuva, com chá mate quentinho.
Meu marido, F..., vai me achar uma doida, mas continuará me amando e eu, como agradecimento, clocarei suas obras na composição dos meus cenários.

Tradição - encontrar no nosso corpo o nosso passado original. Matriz da criança. Desdramatizar a vida, descomplexar.

(...) Onde não há tempo para pensar e estabelecer prioridades (...) o tempo de sentir prazer é nulo.

Gosto de histórias que me façam chorar de felicidade.

Gosto de ouvir, mas às vezes só ouço porque não sei falar.

Se eu não tivesse esse jeito de menina, seria muito velha para a minha idade.

Só preciso parar de me boicotar e acreditar mais em mim. Não ter medo.

O Que Seria de Nós Sem As Coisas Que Não Existem - vou lembrar dessa peça em cada Carnaval.
Cardiff - Muita testosterona. Quanto menino bonito. Até os mais feios eram bonitos!

Ganhar o direito de estar no palco. (...) Faço Teatro porque não consigo parar.

Gostaria de me aprisionar menos...

A criação autentica só é possíveL num estado de desprendimento de si mesmo, durante o qual o criador não está presente como ele mesmo.

(dezembro de 2006)


* Sobre a meta última: então, no fim de 2006, eu já sabia que teria que ser "assim"? Mas, por que teve ou tem, sei lá, que mudar o sujeito?
Hoje tive coragem e abri a folha com as letras verde-limão. Li várias vezes, reescrevi e, com coragem, pronunciei em voz alta.
Aos poucos vou reescrevendo a situação, sempre procurando crer que, menos adiante, virão coisas melhores...
Não me incomodo que as coisas sejam como me foram ditas, mas gostaria de um pouco mais de fama, de poder interpretar algumas personagems de alguns textos...
Quanto ao sujeito... Bem... Enfim... Tá!!!


 







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