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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

MEC quer aluno mais tempo na sala de aula

Proposta de Haddad é aumentar de 200 para 220 total de dias letivos ao ano ou o de horas na escola por dia.
Educadores cobram mais mudanças; sindicato da rede particular prevê mensalidade maior.

LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA 
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

O MEC quer ampliar a jornada escolar obrigatória nas escolas públicas e particulares do país. Pela proposta, ou os colégios aumentam o número de dias letivos (de 200 para 220) ou o total de horas de aulas por dia.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, um dia após a divulgação dos dados do Enem - conforme a Folha mostrou, houve redução da presença de escolas públicas entre a elite do ensino médio.
Se a mudança for implantada, haverá alterações no sistema educacional, como contratação ou ampliação de jornada de docentes e, provavelmente, aumento nas mensalidades na rede privada.
"Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", afirmou ontem Haddad. 
"Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", disse o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo em evento do Todos pela Educação. (ISSO VAI SER LINDO, COM 35 40 ALUNOS NAS SALAS DE AULA! PERDOE-OS SENHOR! ELES NÃO SABEM O QUE DIZEM!!!)
O MEC pretende dar quatro anos para as escolas se adaptarem. Dados do Censo Escolar 2010 mostram que só 6% dos alunos têm ao menos sete horas diárias de aula - a jornada obrigatória é quatro. 
Escolas particulares bem posicionadas no Enem, como Vértice, em SP, ficam perto dos 200 dias letivos, mas possuem jornadas maiores que as quatro horas diárias.
O ministrou afirmou que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto ao Congresso, onde já tramita projeto que prevê ampliação da carga horária de 800 para 960 horas anuais. A ideia do MEC já foi discutida com entidades como Consed (Conselho Nacional de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).


Estudo revela atraso de nove meses na rede pública do país. Comparação considera renda de estudantes

ANTÔNIO GÓIS
DO RIO

Relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado ontem, mostra que o Brasil, entre 33 países comparados, apresenta a maior desigualdade entre escolas públicas e particulares - que têm desempenho melhor de seus alunos. Diferentemente do resultado do Enem, divulgado anteontem, o relatório da OCDE incorpora à avaliação o perfil socioeconômico das famílias dos estudantes.
Escolas que recebem alunos com pais mais ricos e escolarizados têm uma vantagem que independe do esforço do colégio para melhorar o ensino -mais da metade do desempenho é explicada por estas características, segundo estudos. Sem considerar riqueza e escolarização dos pais, o aluno da rede privada estaria três anos à frente do da escola pública, segundo o Pisa (exame internacional que compara desempenho de alunos).
Quando a comparação é feita considerando o nível socioeconômico, a distância entre os estudantes da rede privada para os do sistema público cai para nove meses, segundo o relatório.
A conta simula como seriam as notas se os alunos tivessem as mesmas características familiares. Para a pesquisadora Paula Louzano, o dado reflete a desigualdade do país e o fato de poucas famílias de elite colocarem o filho em escolas públicas.  Além disso, afirma, a cobertura do currículo nas públicas é menor.
Segundo o ministro Fernando Haddad (Educação), esta diferença em favor da rede privada tende a diminuir por causa do aumento do gasto público por aluno.
O relatório da OCDE diz que o Brasil foi o país que mais aumentou (em 116%) o gasto por aluno na rede pública na década passada.

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*Tô começando a pensar que a Educação no Brasil é criminosa...

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