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A reencarnação, a alma e o espírito.
Estamos iniciando um novo ano e hoje estamos divulgando mais um texto de estudo no Blog de Estudos do Núcleo Mata Verde.
Embora nem todo mundo
reflita sobre o assunto, por falta de tempo, ou por puro desconhecimento
da matéria, acreditamos que é oportuno uma reflexão sobre os três itens
relacionados no título do presente texto.
Nossa intenção não é ditar
verdades indiscutíveis sobre o assunto, mas sim, apresentar a partir de
uma visão doutrinária umbandista uma pequena colaboração aos estudiosos
do assunto.
Seguimos uma doutrina umbandista chamada de Umbanda os Sete Reinos Sagrados.
Entre outras coisas,esta doutrina, apresenta um processo evolutivo do espírito através dos sete reinos.
O que chamamos e conhecemos
como espírito é uma fase do processo evolutivo do principio inteligente
ou mônada espiritual, como chamamos aqui no Núcleo Mata Verde.
A mônada espiritual, recém
criada, inicia sua trajetória evolutiva através dos sete reinos,
começando pelo primeiro reino que é o Reino do Fogo, ou o reino da
energia pura.
Esta mônada tem em sua
essência todas as qualidades e características que nós os espíritos
encarnados ou desencarnados possuímos, mas ainda se encontram em estado
latente.
É através da ação sobre a
matéria que a mônada terá oportunidade de desenvolver suas qualidades,
ou falando de outra maneira, terá oportunidade de fazer aflorar sua
qualidades e capacidades.
De maneira semelhante é o processo evolutivo do espírito.
Todos nós vivemos
materialmente para desenvolver nossas qualidades espirituais, e com
certeza ainda temos muitas qualidades a serem desenvolvidas, ou como
mencionamos acima, qualidades a serem afloradas.
A doutrina ensina também,
que aqueles espíritos que já seguiram seu caminho através do sétimo
reino que é o reino das almas, e que não necessitam mais reencarnar, já
possuem outras qualidades , muitas ainda totalmente desconhecidas por
nós.
Estes espíritos, que já não encarnam mais, possuem dons e qualidades que um dia ainda iremos entender e desenvolver.
Mas vamos voltar ao processo evolutivo da mônada.
A mônada , ainda bastante
débil em sua força espiritual, atua em conjunto com outras mônadas, nos
quatro primeiro reinos: fogo, terra, ar e água.
Estes quatro primeiros reinos possuem identificação com os quatro elementos aristotélicos.
Por transitarem e atuarem
nestes quatro primeiros reinos, as mônadas recebem a denominação de
ELEMENTAIS, por semelhança a palavra ELEMENTO.
Após esta fase evolutiva de
bilhões de anos, a mônada se individualiza cada vez mais, e desenvolve
características e qualidades mais complexas.
Nesta nova fase evolutiva
ela é denominada de ELEMENTAR, por serem espíritos ainda em fase
elementar, espíritos simples, embora atuando em estruturas bem mais
complexas que os ELEMENTAIS.
A mônada conhece e tem consciência da liberdade.
Nesta fase, que é um período
muito rico e exuberante, a mônada assume formas e aparências as mais
estranhas e diferentes possíveis.
É neste período que o corpo espiritual se desenvolve até estar preparado para atuar no corpo humano da forma que conhecemos.
Este período evolutivo da mônada ainda é pouco conhecido pelos estudiosos espiritualistas.
Normalmente encontramos um
conhecimento maior sobre esta fase evolutiva da mônada naqueles povos
que vivem em contato com a natureza.
A mônada passa por fases e
estágios os mais variados possíveis, atuando naqueles seres inferiores
conhecidos como bactérias, fungos, animais e até em estruturas
totalmente desconhecidas pela humanidade.
Em breve estaremos
realizando um curso onde abordaremos com mais detalhes esta fase
evolutiva da mônada, quando ela é chamada de ELEMENTAR.
É importante chamar a
atenção para que não confundam ELEMENTAL com ELEMENTAR, pois são
períodos distintos do processo evolutivo da mônada.
É na condição de elementar
que encontramos os encantados naturais, seres bem conhecidos em alguns
cultos de origem afro-ameríndio.
A doutrina dos sete reinos
sagrados identifica (no mínimo) a existência de quatro fases evolutivas
da mônada: Elemental, Elementar , Espírito e uma quarta fase que
podemos denominar de ANGELITUDE por falta de outra denominação adequada
no momento.
Nossa discussão no momento é sobre o período que a mônada recebe a denominação de ESPÍRITO.
É a fase que a mônada atua no REINO DA HUMANIDADE, ou seja, somos nós.
Somos espíritos e já
definimos acima o que significa ser um espírito, ou seja, é um estagio
evolutivo da mônada espiritual quando ela atua no reino da humanidade.
A doutrina dos Sete Reinos
Sagrados, aceita o principio da reencarnação, pois como já foi
apresentado acima, entendemos que a mônada está seguindo um processo
evolutivo há bilhões de anos.
O espírito atua sobre um
corpo material e nesta condição, passa por um processo de aprendizado,
de novas experiências onde tem oportunidade de aprender e desenvolver
sua força interior, fazer aflorar aquelas qualidades que ainda estão
latentes em seu intimo.
Podemos fazer uma analogia: Cada encarnação é como se vestíssemos uma roupa nova.
Em cada encarnação o
espírito passa a compartilhar novas relações sociais e espirituais,
novas oportunidades serão oferecidas para que ele possa desenvolver suas
forças que ainda estão latentes.
É nesta fase evolutiva que a
doutrina dos sete reinos denomina de Alma ao espírito encarnado, ou
seja, a alma existe em função de cada encarnação do espírito.
A Alma é o espírito
encarnado, quando o espírito envolvido pela matéria perde a noção de
seu passado espiritual, dos seus acertos e erros.
As possibilidades são as
maiores possíveis, podendo o espírito encarnar como mulher ou como
homem, viver em plena saúde ou ter um corpo débil, ter fortuna ou viver
na pobreza e muitas outras possibilidades de desenvolvimento espiritual.
A alma é fruto das
experiências que vivemos em cada reencarnação, é a consciência que
possuímos fruto das experiências adquiridas através da educação e dos
relacionamentos.
É fruto de toda experiência adquirida através dos órgãos sensoriais.
A nossa consciência ou alma
é, portanto uma ilusão, uma fase transitória e rápida, pois em uma
próxima reencarnação o espírito passará a assumir novas características e
será uma nova alma.
No momento do desencarne o
espírito agirá como uma alma, pois ainda está preso a vida material e
somente aos poucos sua memória mais profunda vai se revelando.
Aqui é importante
comentarmos que as relações de família e demais relações sociais são
relações transitórias que se desfazem com a morte.
Naturalmente que pelo
principio da afinidade estaremos sempre nos aproximando de espíritos
afins, mas vale chamar a atenção que o verdadeiro amor é aquele que
ultrapassa a fronteira dos laços materiais.
Algumas pessoas ainda estão muito presas nos limites da matéria.
É comum alguns pensarem que encontrarão seus familiares e que continuarão a viver eternamente, como viviam nesta vida material.
Este tipo de entendimento é falacioso, pois muitos de nossos antepassados já estão reencarnados.
Um avô hoje pode ser sua filha, filho ou neto.
Sua mulher ou marido de outra vida, hoje pode ser um grande amigo ou amiga.
E assim por diante.
Os laços materiais são fracos e débeis, e raramente são laços eternos.
Muitas vezes recebemos no
seio de nossa família, inimigos de outras encarnações, para que desta
forma novas oportunidades se estabeleçam, para vencermos as inimizades e
fazer aflorar o amor maior.
Este assunto é muito
complexo, e deve ser bastante debatido e estudado, pois a partir de sua
compreensão a alma conseguirá entender sua essência é isso o
autoconhecimento.
REENCARNAÇÃO, ALMA E ESPÍRITO são temas relacionados e que precisam ser estudados.
O aforismo grego inscrito no Templo de Apolo em Delfos ainda é muito atual:
“Conhece-te a ti mesmo”.
São Vicente, 18/01/2014
Manoel Lopes
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*Pensando...
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