Gritomudo

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sexta-feira, 21 de março de 2014

Ela queria ganhar flores. Doida pra que alguém lhe oferecesse o que mais amava: flores. Mal sabia ela que cultivava uma grande roseira espalhada no ventre. A roseira sobe, atravessa sua carne e sua alma. Nasce da planta dos pés e se dissolve nas águas, nos sonhos da sua cabeça. 
Ela queria ganhar rosas, das mais vermelhas possíveis. Ela pensa como uma impensada roseira que só pensa em rosas. Pensa de folha a folha, de espinho em espinho, parando em cada nó. Seu pensamento rende um orvalho inocente e quando sua boca se abre, por cima voam horas, dias semanas, verão, outono, inverno. 
Ela queria ganhar uma flor doce, que mudasse de cor. Uma flor que anunciasse a felicidade no meio da noite. Mal sabia ela, que com suas sutilezas, era como uma flor para os mundanos. Ela com seus pensamentos de rosas alagava a estéril vida masculina. Ela inunda a inteligência do poema com sua seiva de vermelho brilhante. Continua a desejar rosas vermelhas, mal sabendo que é, ela própria, uma roseira.

*Do astrólogo, poeta, músico e 'gente da boa' Marcelo Dalla (e gente, ELE ATENDE, TÁ???)

...

Me leio nesta história.
Dias destes comprei rosas vermelhas tão perfeitas, com o desejo de tiara e de festa. Mas, elas ficaram tão lindas ali naquele canto, que não tive a coragem... Talvez amanhã! Só por hj as quero apaixonando meus dias, e enchendo de vermelho a minha casa.

*Vale a foto, mas estão craquelando quando aciono o anexo... Por que???
Humpf...

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