Não há necessidade de saberem o que eu sinto e faço, um pouco de
mistério é essencial.
Não posso contar que a loucura paira acima da
minha cabeça como flores estaladas. Não entenderiam que há sempre uma
vida meio sorridente, meio sonolenta sob a minha pele.
Como explicar?
Impossível.
Como contar que milhões de estrelas são eletrocutadas, a
cada segundo, em meu quarto? Como dizer que a minha alma se projeta em
feixes de raios límpidos para além da porta da casa?
Assim, como quem
não quer nada, faço mistério da película que há sob meus olhos.
Estremeceriam se revelasse o que realmente se passa em meu corpo. Desde o
princípio, sempre soube que devia guardar segredo. São ondas e ondas de
amor quente, em tubos flamejantes. Um fogo inexprimível e
inextinguível.
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Leia-se 'frustrei', tá??? |
*Texto (para mim, preventivo!) do Marcelo Dalla (sim, o astrólogo - e muito mais - badaladíssimo, do UOL!) . Lembro-me do quando já fui alertada. Não por isso tornei-me misteriosa... O mistério é sempre o óbvio... e o óbvio não existe.
A trilha??? Óbvio: O Mundo, do Capital Inicial. Me e me ocorreu, assim, rapidamente 'Sobre o Tempo', do Pato Fu.
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