Gritomudo

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Orientação espiritual II

Sábado foi dia de ir no terreiro. Acho que dizer centro espírita não combina muito com Umbanda. Gosto de dizer terreiro, embora a casa em nada lembre um quintalzão de terra batida como o da casa da minha avó.

Fazia um tempo que eu não ia (perdi a festa de Nanã, por não ter pensado nas consequências dos meus atos). Foi dia de festa, também: dia dos mensageiros que tem livre acesso ao Céu, a Terra e no que tem abaixo dela.

Fico feliz quando as pessoas que gosto estão lá. Neste sábado estava a Ingrid e a Iraci, mãe da Nessa.
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Preciso confessar que por um momento questionei o que vi, o que vivi e o que não me lembro. Sou uma atriz e lido com o interpretar. Meu corpo é até bastante disponível para determinadas personagens, mas não sei fazer qualquer personagem que precise de sotaque. Aliás, nunca fiz! Creio precisar de muito trabalho na composição. Não sou boa de expressões faciais (quem assistiu A Casa de Bernarda Alba e viu a D. Maria Josefa, sabe que a caracterização deu o tom e procurei trabalhar a emoção, já que é difícil segurar uma expressão beirando a caricatura e usar a boca pra dizer textos f...).
Coloco meu corpo à prova, tento distorcer o que foi torcido, tento controlar determinados movimentos... Palavras são ditas sem que eu controle... Forma de dizer coisas que não é minha...
No kung fu, me foi revelada uma certa força, tanto que fui convidada para experimentar o Boxe Chinês, mas na vida normal, no dia a dia, as coisas caem das minhas mãos, bestamente.
Um rapaz veio me dizer que a força do José da Silva é tamanha que ele não consegue se equilibrar. OLHA O MEU TAMANHO!!!
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Bem... Não sei que misturada foi aquela, mas tinha tanta coisa ali... E o líquido que transbordou??? Mais do que Coca-cola com Menthos!
Enfim... Sai bem melhor do que entrei. Tava toda travada e cheia de dores e saí só com a dor que irradia do músculo cardíaco para as costas... e bem mais leve, tb! Sei que essa só sara com o tempo.
Fico pensando no que são estas entidades, na sabedoria delas, como se fossem um avô, uma tia mais velha... Creio que temos Deus dentro de nós, então nossas possibilitadas são ilimitadas, até que nos provemos o contrário... E é isso que sempre fazemos, não é? Nos colocamos à prova, duvidamos de nossa capacidade e temos pouca fé! Creio que num grau menor, essas entidades precisam ainda estar aqui, também para superar falhas. Elas não sabem tudo (mas, sabem mais do que nós) ou se sabem muito, não podem contar tudo... Até, porque, temos o nosso livre arbítrio e, daí, podemos mudar tudo, ué! De que adiantaria?
Mas, creio que temos merecimentos... Aí, ganhamos presentes... Eu ganhei um refinamento na intuição; um refinamento na expressão facial que, só me permite não demonstrar o que sinto, se realmente não quero e uma melhora na habilidade de me expressar por meio das palavras...
SEI QUE NADA SEI... SEI TUDO E NÃO SEI NADA... QUANTO MAIS SEI, MENOS SEI... Divagações...
"O amor e o tempo se confrontam. O amor às vezes ganha, às vezes é o tempo. Contra a sorte não há quem possa."


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