Gritomudo

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pra dizer adeus, pra dizer jamais...

 

Hoje botei a casa abaixo: pacotes, caixas e portas espalhados... É que sexta já tá bem pertinho, né???
Dizer adeus aos eucaliptos de folhas piscantes e aos vagalumes não está fácil! 
E mais uma vez decidi não ir... Fica pra amanhã!



Apesar das minhas roupas rasgadas
eu acredito que vá conseguir
uma carona que me leve, pelo menos,
à cidade mais proxima
onde ninguem vai me olhar de frente
quando eu tocar na velha guitarra
as canções que eu conheço
Eu tinha apenas dezessete anos
no dia em que sai de casa
e nao faz mais de 4 semanas
que eu estou na estrada
Mas encontrei tantas pessoas tristes
desaprendendo como conversar
que parece que eu estou carregando
os pecados do mundo
O pó da estrada brilha nos meus olhos,
como a distância, matando as palavras,
Na minha boca sempre a mesma sede,
O pó da estrada.
O pó da estrada gruda nos meus olhos,
como as distâncias matando as palavras,
Na minha boca sempre o mesmo assunto
O pó da estrada.
Conheci um velho vagabundo,
Que andava por aí sem querer parar,
Quando parava,
ele dizia a todos,
que o seu coração ainda rolava pelo mundo.
O pó da estrada gruda em minha roupa,
O cheiro forte da poeira levantada,
levando a gente sempre mais à frente
Nada mais urgente,
que o pó da estrada,
que o pó da estrada.

...

Me permitindo todas as analogias: minguando, inovando, crescendo, enchendo (meus respeitos à Lua, mesmo quando ela não é, assim, tão bem vinda!)
Meu coração agora rola mais ainda pelo mundo, porém hoje é mais difícil dizer adeus. De vez em quando vai dando uma vontadinha de parar... Mas aí, o que era possibilidade se transforma num grande acontecimento... E me chama, me convida, me obriga, me empurra.
O que fica? A certeza de que tudo o que conquistei é meu (o que se vê e o que não se vê, tb!)
Acho que posso ir tranquila, né???

(A primeira canção da estrada e o pó da estrada para mim, sempre foram uma só, mesmo quando não eram...)

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