Gritomudo

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O dia do desafio

Ela faz tudo para que eu olhe para ela. Se não tem flor (murcha), tem beijos desavisados e desenhos de nós duas... Pisa no meu pé (quando estou com meu sapatinho de 350 reais, surto grandão!!!) na hora do canto; finge que não me ouve na hora de encerrar a atividade, principalmente se é desenho. Antes de ontem, me trouxe um anel dourado e ontem fez pouquíssimo caso do jogo proposto. Na hora de distribuir os pirulitos tive pena: dei um, jurando, para mim mesma, que nunca mais me deixo levar pelo sentimentalismo...
Dou total liberdade do aluno dizer não para algo que não queira... Isso não quer dizer que ele NÃO vá fazer!!! Dizer não, até permito, mas não permito a prática do NÃO. No fim, eles fazem tudo o que eu proponho. Tudo vai da forma como se diz a idéia!

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Tendo estabelecida a relação de CONFIANÇA, tudo pode... Desde que faça o que eu quero, rsrrsrrrs!!!

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Tenho a impressão de que tem criança que tem o poder de enxergar além das nossas visceras. Uma garotinha tem me feito umas perguntas tão provocativas... Saca, puxada de tapete??? Vou começar a ter medo de pensar quando ela estiver por perto. Acho engraçado ela ficar me rondando... Discretamente, vai se chegando, senta e começa a contar histórias mirabolantes. Depois vem as perguntas, sempre precedidas de afirmações!
Quando eu penso em tentar responder, ela mesmo responde. E o pior, é que são coisas que me dizem respeito, intimamente. Fala como se me conhecesse como a palma das mãos...

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Quanto ao que se vê, ela e a Raimunda (que tem deixado a sala que uso linda, de tão limpa!) são os meus termômetros: a construção da personagem de fora para dentro, à partir do figurino (pensei na Rê Paulino e na observação que ela fez de si, enquanto amenizava os efeitos da baixa umidade do ar em suas pernas, neste mesmo dia).

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