Gritomudo

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nem tanto ao Céu, nem tanto à Terra...

Eu estava de férias na mesma praia onde meu irmão tem casa. Combinei com a familia que passaria uns 3 dias lá, pois eu ainda não conhecia o lugar. Assim fiz: depois de alguns dias num Hostel, fui conhecer a tal casa e, tb, ver meu irmão, pois fazia meses que não nos víamos. Na verdade, eu nem fazia tanta questão, mas achei por bem.
Minha cunhada se comportou de maneira surpreendente. Mais do que magoada, eu fiquei surpresa.
Gosto de viajar, embora eu o faça menos do que posso. Adoro visitar lugares e pessoas!
Bem... Acho que o maior problema não está me mim, mas no incômodo das pessoas com o fato de eu não gostar de comer de tudo, por exemplo. Até, por isso, que dou trabalho algum. Sempre me viro e nunca faço desfeitas. Explico que não gosto de feijão, leite e derivados, peixe, carne (até como, mas raramente), enfim... E passo muito bem com uma saladinha!
Desde o dia que cheguei as pessoas da casa reparavam no meu prato. Se eu comia, era porque eu comia, se não comia então, nossa! Tive que ouvir pelos dois dias que fiquei lá " - Não sei o que vc vai comer!" E realmente, ouve um complô, pois nem a saladinha costumeira tinha. Poderia esperar algo próximo de uma pessoa que não me conhece, mas de quem me conhece há anos... Ui!
Me senti extremamente ofendida, no segundo dia, peguei minha mala e voltei pro hostel um dia antes do combinado.
Eu penso que regras de etiqueta servem para quem visita e para quem recebe, mas educação e delicadeza não se dispensa nunca!
Ainda, nessa história, não consigo me desfazer do papel de vitima.

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Lembrei-me desta história por conta de algo que aconteceu no sábado, situação que, ainda bem, não presenciei, mas minha sensiblidade me permite tomar certo partido e fazer observações: nem tanto ao Céu, nem tanto à Terra!
Toda mãe diz, quando somos pequenos, para nos comportarmos na casa das pessoas, para não mexermos em nada, para esperarmos que as pessoas ofereçam, antes de atacar o pote de bolachas, enfim...
Quando visitamos alguém, a primeira coisa que se faz é perceber as regras da casa e nos adequarmos à ela. E se espera, claro, hospitalidade!
No caso, os dois lados cometaram seus deslizes. Um lado, pelo que entendi (o dono da casa), se redimiu, mas, aquele que visitou, continuou melindrado.
Procurei ponderar o que ouvi e, claro, não pude deixar de aprender com a situação. A palavra, dependendo do contexto em que é colocada, pode ser pior do que a morte, pois muitas vezes creio que a morte seria muito mais justa do que destruir a imagem de uma pessoa com certezas rasas (para pensar!).
Agradeço sempre por, muitas vezes, conseguir me desprender de situações e olhá-las sob um outro viés. Nesse caso, há um contexto muito maior e, espero, realmente, que o rumo dos acontecimentos sejam para crescimento e AMADURECIMENTO geral.

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Aí, me caiu um livro - na verdade, foi um emprestimo -  em mãos, onde muitas explicações científicas esclareceram, inclusive, questões que foram levantadas.

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Agora, estou mais certa das observações que faço! Não digo isso pro meu Ego, mas para a Autoestima.
Que assim seja!!!

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